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Sweet Stuff

livros, música e desabafos vários.

Qua | 18.12.13

Melhor leitura de 2013

Para dar resposta a este desafio começo por constatar que 2013 foi um dos anos mais produtivos a nível literário.

E vai agora o ávido leitor pensar que li uns 30, 40, talvez 50 exemplares sofregamente ao longo de - mais coisa menos coisa - 12 meses.

Nada disso.

Não foram muitos livros de facto, mas todos me marcaram de alguma forma.

Voltei a Nicholas Sparks, estreei-me com Nora Roberts, peguei em alguns clássicos, li dois "Saramagos" num espaço de mês e meio e ainda tive tempo para algumas leituras em inglês.

Ano produtivo dizia eu. 

Pensei e repensei acerca da melhor leitura deste ano, e acabei por me decidir por Todos os Nomes de José Saramago. 

Esta é a história de José, um funcionário do Arquivo do Registo Civil que tem um hobby peculiar: coleccionar notícias de jornais e revistas sobre gente célebre.

Certo dia, ele reconhece a falta nas suas colecções, de informações exactas sobre essas pessoas e dedica-se a copiar os respectivos dados das fichas que se encontram no arquivo quandooo (TAN TAN TAN TAN) casualmente, a ficha de uma mulher comum mistura- se com as outras fichas que ele está a copiar.

A partir desse momento José vai inicar uma longa busca repleta de aventuras à procura da mulher desconhecida.

Muitas foram as leituras ao longo do ano, mas nenhuma me cativou tanto como Todos os Nomes. 

Recomendo por isso mesmo, por não ser mais uma leitura leve, comercial, que acaba por passar despercebida no meio de tantas outras.

Esta é uma história que nos incomoda, inquieta, e nos faz questionar. Mas porquê? Por que é que alguém haveria de ficar obcecado em torno de outro alguém que nem sequer conhece? 

Bizarro, astuto e por vezes assustador, Todos os Nomes prova-nos mais uma vez a genialidade do nosso Prémio Nobel da Literatura, não deixando ninguém indiferente.

Quanto à pergunta acima referida, talvez encontrem resposta; talvez ela não esteja lá.

 

"O acaso não escolhe, propõe."

- José Saramago 

 

 

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