Post lamechas em 3,2,1...
Estou com uma dor de cabeça daquelas e sem grande inspiração para escrever mas, não queria deixar de dizer algumas palavras neste último dia de 2016, um ano que me deu tanto...
Em 2016 li trinta e seis livros maravilhosos
Fui a Sintra no meu aniversário
Usei vestidos com flores
Dancei com a minha mãe
e com o meu ruivo
e sozinha no meu quarto quando tudo parecia dar errado,
cozinhei bolos e biscoitos (e sim coisas menos doces também)
Tive uma salva de palmas de uma sala cheia
Chorei
com a morte de quem muito gostava
mas aprendi a levantar-me
Ainda tenho saudades mas desta vez virei a dor para fora e quero acreditar que já não dói tanto
Também ri. Ri muito. Das palhaçadas mais escabrosas do meu grupo fantástico
Usei vestidos plissados num dia bonito de Abril
Andei descalça na areia do Algarve
Subi a castelos
Ia quase morrendo de calor em Idanha
Fugi das sanguessugas no lago
e também escapei imune aos incêndios
Ouvi os meus vinis preferidos no meu gira-discos azul
Pintei as unhas de vermelho para uma entrevista que nunca aconteceu
Impressionando-me a mim própria não fiquei chateada com isso
Cortei o cabelo duas vezes.
(Vamos esquecer que esse segundo corte existiu)
Escrevi neste blog. Não tanto como queria mas escrevi fora dele também.
Comi gelados de todos os sabores que mais gosto.
Acordei cedo e também me deitei tarde.
Falei sobre coisas inúteis e extraordinárias.
Ouvi música, muita música
Voltei a ser bailarina
Continuei a ser cantora de chuveiro
ainda grito de vez em quando sem razão
Ainda tomo comprimidos a fazer cara estranha
Ainda tenho muito para aprender
coisas que nem sempre se aprendem nos livros
Vi a minha Lisboa vezes sem conta
e apanhei framboesas e morangos no quintal
Senti o vento na cara e a chuva na cabeça
e o sol
o sol a aconchegar-me no Inverno e a queimar-me no Verão
Senti alegria, muita alegria.
E vi pessoas de quem gosto muito
Vivi aventuras em quatro paredes
e fora delas
Tirei fotos com a minha instax
Tive frio
Por vezes um frio gelado daqueles que parece que nunca irá acabar
mas sempre acaba
Apesar de todas as lágrimas ele sempre acaba
e há um cobertor reconfortante e uma chávena de chá à espera no final de um dia horrível
Houve muitos chás
e alguns cobertores
e neles encontrei conforto
e amor
e felicidade
Foi isso que aconteceu este ano
Fui feliz.
Bom Ano a todos!