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Sweet Stuff

livros, música e desabafos vários.

Dom | 24.12.17

Bom Natal!!

A passar o natal no meio de uma tempeatade tropical, nem tempo tive para vos avisar que vinha de férias. Até porque aqui (como na maioria dos sítios que vale a pena visitar) a net é uma valente porcaria. Feliz Natal a todos vocês, volto para o ano!!

PS: para moi je que não gosto de calor o meu desejo natalício já foi cumprido, natal com chuuuuva (não é um white christmas, mas é o melhor que se arranja neste lado do planeta).
Sex | 15.12.17

As histórias por detrás dos postais

Trocar postais e cartas é algo que faço há mais de cinco anos. Só quem faz postcrossing é que percebe o entusiasmo que é abrir a caixa de correio e ter uma nova história por descobrir. É verdade, cada postal conta uma história.

 

Este que vos mostro em baixo foi-me enviado por uma rapariga ucraniana (Yanina you rule!). Sabendo que eu gostava de ballet decidiu enviar um postal com uma foto de Ninel Petrova. No verso do postal a Yanina explicou-me que Petrova foi uma das mais emblemáticas bailarinas da então União Soviética e esta foto foi tirada enquanto representava o papel de Julieta no bailado Romeu e Julieta.

 

Nem imaginam como fiquei contente por ela ter escolhido este postal. A verdade é que, fico sempre feliz quando aprendo alguma coisa sobre outros lugares e culturas através do postcrossing. E sim, esta bailarina era mesmo linda. 

 

petrova.jpg

Qua | 13.12.17

Já a pensar no Natal...

this is obviously NOT a wishlist
 
 

Eis algumas coisinhas que não me importava nada de receber no Natal:

 

1. Pois é, faço parte daquele grupo de pessoas que não se importam de receber meias. Na verdade, estou a precisar de renovar o meu stock, por isso se não souberem o que me oferecer, meias calha sempre bem!
2. Também quero muito ler o Curso do Amor de Alain de Botton;
3. Estas luvas são bonitas e práticas e estou a precisar muito de um novo par há que tempos;
4. Falei deste álbum no último post. Estou mesmo apaixonada por todas as músicas;
5. E também já referi aqui esta agenda da Alice. Não só é linda como tem uma das minhas frases preferidas de sempre na capa.
Ter | 12.12.17

Regina Spektor ou o que é ser poeta afinal?

Lembro-me de, uma vez, um professor da faculdade perguntar à nossa turma quantos de nós comprávamos livros de poesia. Se me recordo com exactidão, só um ou dois gatos pingados é que colocaram a mão no ar. Com um ar muito resoluto o professor concluiu que a poesia estava a morrer e que a prosa era definitivamente o género literário mais popular entre os jovens. Será que é mesmo assim?

 

Ora vejamos, qual é o adolescente de hoje em dia que não ouve música? Poucos certo? Eu, pelo menos, estou sempre a encontrar miudos no autocarro de auscultadores nos ouvidos. Na minha opinião, existem vários músicos hoje em dia que são autênticos poetas. As suas letras estão repletas de sentimento e movem multidões. É claro que há quem seja mais purista quanto às definições, mas para mim estes dois hemisférios (poesia no papel e poesia cantada) tocam-se.

 

Exemplos? Os Trovante e a belíssima versão de Ser Poeta da Florbela Espanca. Eu admito que já nem consigo ler aquilo sem ser com o ritmo dos Trovante. Ah e tal, mas não foram eles que escreveram. Ok, então e Leonard Cohen? Brilhante tanto como compositor, como enquanto cantor.

 

O meu exemplo mais recente é Regina Spektor (sim sou uma mega fã assumida). Tenho ouvido o último álbum da Regina em loop,nos últimos tempos e, de facto, considero as letras de Remember Us to Life como poemas tão belos como outros de autores imortalizados em papel.

 

A verdade é que, a definição do que é poesia tem-se alterado muito rapidamente nos últimos anos. Bob Dylan foi Prémio Nobel da Literatura em 2016 e os livros de Rupi Kaur figuram nos tops de venda em todo o mundo. Se ainda gosto de ler poesia? Claro que sim. Mas, esta forma de reconsiderar compositores e músicos como "tão poetas" como os "poetas tradicionais" não me parece algo assim tão descabido.

 

De certa forma, Regina Spektor, e outros artistas, são pessoas que têm o potencial de se tornarem numa espécie de "profetas" para os jovens e adultos de hoje. Porquê? Pois são eles que conseguem encapsular num simples verso de uma canção tudo aquilo que nós temos cá dentro e não sabemos como expressar.

E que dom é este, senão o de um poeta?

Seg | 11.12.17

Falemos sobre Livros de Colorir

Venho atrasada para a festa, porque os livros de colorir para adultos já estão entre nós (leia-se portugueses) há algum tempo. Ainda assim, não queria deixa de dar o meu parecer sobre esta moda que uns acham fantástica e outros ridícula.

 

A verdade é que, quem se lembrou de criar este tipo de livros, não descobriu nada de novo. Não é preciso ser um génio para perceber que pintar é, efectivamente, uma actividade relaxante. Quem é leitor veterano aqui do blog, se calhar, até se lembra que durante sete anos frequentei aulas de pintura e posso garantir, com toda a certeza, que estar sentada a pintar, era algo de terapêutico.

 

Não sendo psicóloga, ou coisa parecida, aventuro-me, ainda assim, a propor uma resposta à questão que parece inquietar muitos: afinal de contas, por que é que pintar nos acalma? 

 

Diria que, tal como outras formas de arte, pintar e/ou desenhar exige total concentração e paciência. Há todo um ritual envolvido na escolha dos pincéis, na mistura das tintas, nos tons dos lápis de cor. Um desenho ou um quadro não são instantâneos. (Pelo menos por enquanto) ainda não é possível fazer download de telas com o trabalho que imaginámos já concluído, sem precisarmos de mexer um dedinho.

 

Além disso, enquanto crianças, pelo menos durante a minha geração, éramos incentivados a pintar e a desenhar. Para aprender a tocar piano são necessários anos, mas para "fazer rabiscos" estamos todos mais ou menos habilitados. Sim, existiam (e ainda existem) métodos exageradamente severos quanto a "sair fora da linha". Na escola primária fui ensinada a pintar de uma certa forma e a desenhar de uma determinada maneira, mas, ainda assim para muitos miúdo, como eu, colorir não deixava de ser uma actividade divertida.

 

E então, por que é que os livros de colorir são tão populares?

Como já vimos, seja para adquirir motricidade fina, ou para levar a que se inscrevam todos em Belas-Artes, na escola, os miúdos são incentivados a pintar.

Depois, a actividade de pintar é efectivamente relaxante. Colorir implica ficarmos absorvidos numa atmosfera onde tudo acontece lentamente e cada cor consiste numa decisão ponderada. O que, a meu ver, contrasta com os padrões de instantaneidade e rapidez do mundo contemporâneo. 

 

que é que eu concluo de tudo isto? Que os livros de colorir para adultos são completamente inofensivos. Não os acho ridículos. Se for preciso colocar adultos a preencher bonecos dentro das linhas para se lembrarem do que é não ter pensamentos na cabeça, que seja. Na verdade, não há nada que me lembre mais da minha infância. 

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