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Sweet Stuff

livros, música e desabafos vários.

Sex | 16.02.18

Quadros ganham vida | Misty Copeland & Degas

Misty Copeland (a primeira prima-bailarina negra na ABT - American Ballet Theater) recriou, em 2016, alguns dos mais icónicos quadros do mundo: as bailarinas de Degas. 

 

  L'étoile (ou La danseuse sur scène), 1876

 

The Dance Studio, 1878

 

Danseuse basculant (Danseuse verte), 1879

 

La Petite Danseuse de Quatorze Ans, 1881

 

O que acho incrível nestas fotografias é que os próprios quadros de Degas já nos dão a ilusão de movimento. Vê-los ganhar ainda mais vida através desta bailarina é simplesmente incrível. No vídeo abaixo podem ver detalhes sobre a sessão fotográfica que saiu na Harper's Bazaar em Março de 2016.

 

Fotos: Ken Browar e Deborah Ory

 

 "I definitely feel like I can see myself in that sculpture...

Ballet was just the one thing that brought me to life."

 

Qui | 15.02.18

Vejam "A Forma da Água"

A história começa assim: o Jean-Pierre Jeunet e o Steven Spielberg entram num bar...e sai de lá uma pérola: A Forma da Água de Guillermo del Toro. 

No laboratório secreto de alta segurança do governo onde trabalha, a solitária Elisa (Sally Hawkins ) está presa numa vida de isolamento. A vida de Elisa muda para sempre quando ela e a sua colega Zelda (Octavia Spencer) descobrem uma experiência secreta.

 

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Ainda no rescaldo de ter visto este filme há dois dias, aviso já que este post pode ser meio incoerente e eufórico q.b., mas não altero a minha opinião de que todos deviam ver A Forma da Água

Do reportório filmográfico de Del Toro, que me lembre, vi apenas o Labirinto do Fauno: gostei, mas não adorei particularmente (admito que também já lá vão uns anitos). No entanto, este último trabalho do realizador conquistou-me o coração.

 

Fui ao cinema, porque já não ia há imenso tempo e apetecia-me arejar um bocadinho. Vi em casa o que estava em cartaz e a sinopse deste despertou-me a atenção. Zero expectativas. Saí da sala de cinema com o coração apertado e aquela vontade de que o filme voltasse ao início e pudesse ver tudo novamente.  

 

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É um pouco difícil explicar por que é que este filme é maravilhoso, dado que adorei tudo (mas vá, eu tento).

Em primeiro lugar: a cenografia, os ângulos, a caracterização: A maneira como a vida de Elisa é retratada, a par da música de Desplat e do filtro meio amarelo, fez-me lembrar os filmes do Jean-Pierre Jeunet como a  Amélie. A própria Elisa lembra-me um pouco a Amélie: uma heroína tímida e atípica, mas com uma curiosidade que a leva a outros mundos.

 

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Depois temos um argumento original incrível: nada na experiência secreta parece pouco natural ou forçado. Os elementos de "ficção científica" encaixam perfeitamente na história e não surgem como uma situação absurda.

Existem, também, outros detalhes que falam mais alto (para mim pelo menos): tendo em conta que o filme se passa num cenário de Guerra Fria existem personagens que fazem papel de soviéticos. Pelos vistos o Guillermo del Toro teve daquelas ideias fantásticas: Em vez de colocarmos actores americanos a falar com sotaque russo que tal colocá-los realmente a falar russo? Aleluia! Que às vezes esta estratégia do colocar-a-falar-com-sotaque-ridículo-em-vez-de-falar-a-própria-língua-porque-dá-muito-trabalho só me lembra o Brad Pitt no Sacanas sem Lei.

 

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A prestação de Sally Hawkins é simplesmente cativante (ganha-me esse óscar miúda!) e a mensagem do filme é intemporal. O amor, tal como a água, está em todo o lado. Adapta-se a qualquer forma e as maneiras em que surge e os corpos em que se molda são, muitas vezes, o menos importante.

"Unable to perceive the shape of You,

I find You all around me.

Your presence fills my eyes with Your love, It humbles my heart,

For You are everywhere..."

Dom | 04.02.18

The Handmaid's Tale | Margaret Atwood

"Dont let the bastards grind you down."

 

Este tem sido "o livro do momento" há coisa de um ano para cá. Senti curiosidade em lê-lo pelas comparações a 1984 de George Orwell (um dos meus livros preferidos de sempre) e, também, para verificar por mim própria se era assim tão bom como toda a gente dizia. Ainda não vi a série televisiva, portanto não tenho meio de a comparar com a obra escrita. Esta vai ser uma review apenas do romance.

 

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Sendo uma distopia, a história passa-se num mundo pós-apocalíptico. O que outrora foram os Estados Unidos da América é agora a República de Gilead. Inspirados pela ideologia puritana original, e com o intuito de aumentar a taxa de natalidade em declínio, nesta sociedade a lei é o Livro da Génesis, que é seguido de forma literal, resultando em consequências tenebrosas para a população. Conhecemos Gilead através de Offred, uma das servas (handmaids) deste novo regime.

 

 

"And when Rachel saw that she bare Jacob no children, Rachel envied her sister; and said unto Jacob , Give me children, or else I die."

- Genesis 30:1-3

 

Vou já deitar isto cá para fora e dizer que não amei este livro e não o considero o supra sumo da batata frita. Pronto, já disse. Em primeiro lugar, eu já devia saber de antemão que não se deve acreditar em comparações de obras. O "world building" de 1984 é detalhado desde o início. Em The Handmaid's Tale, Atwood prefere deixar questões em aberto e apenas sabemos alguns detalhes acerca da vida em Gilead no decorrer da obra e pelos olhos de Offred, não existe pluralidade de pontos de vista.

 

Em segundo lugar, a escrita pareceu-me, por vezes, um bocadinho over the top: as metáforas não pareciam encaixar naturalmente, como se os recursos estilísticos fossem utilizados só para que as frases soassem de forma mais poética.

 

Ainda assim, a partir da segunda metade da obra, já houve mais acção por parte da protagonista e gostei mais de acompanhar o conto de Offred e aquilo que ela tinha para nos revelar. O final é aberto,uma estratégia que normalmente não aprecio muito. 

 

No geral, achei uma história com um conceito extremamente interessante, mas com uma execução que não foi exactamente a minha preferida. Aconselho a todos aqueles que gostam de distopias, narrativas subtis e livros com ponto de vista na primeira pessoa.

 

Classificação no Goodreads:3/5

Qui | 01.02.18

Audrey, a Bailarina

Audrey Hepburn ficou conhecida como actriz da época de ouro de Hollywood, mas sabiam que o seu sonho de menina era ser bailarina? Apesar de, devido às consequências da Segunda Guerra Mundial não ter podido seguir carreira no ballet, Audrey chegou a dançar em alguns dos filmes que protagonizou, como foi o caso de The Secret People de 1952. Em baixo partilho algumas fotografias de Audrey como bailarina.

 

Imagem de audrey hepburn, ballet, and black and white

 

Imagem de audrey hepburn, ballet, and actress

 

 

 

Imagem relacionada

 

Imagem relacionada

 

Imagem relacionada

 

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