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Sweet Stuff

livros, música e desabafos vários.

Seg | 30.04.18

Ilha dos Cães (quando o melhor filme em exibição está na sala mais pequena)

Aproveitei o feriado do 25 de Abril para ir ao cinema ver o último filme de Wes Anderson: Ilha dos Cães.

 

Sinopse: Ataru Kobayashi, de doze anos, enfrenta o corrupto Mayor Kobayashi, de Megasaki City, que com um decreto manda exilar todos os cães numa lixeira chamada Trash Island. Ataru voa até à ilha em busca do seu cão Spots. A partir daí, na companhia de um novo grupo de amigos de quatro patas, inicia uma viagem épica que irá definir o destino e o futuro da cidade. 

 

 

Pelo trailer e sinopse, o filme não me despertou grande interesse, mas acabei por adorar a história. Do Wes Anderson, antes deste, só tinha visto Moonrise Kingdom e o Grand Budapest Hotel. Apesar de, gostar muito do Grand Budapest Hotel, julgo que o Ilha dos Cães acabou por se tornar o meu preferido do realizador. 

 

5 motivos para ver a Ilha dos Cães

 

1. O Sentido de Humor de Wes Anderson não desaponta

 

O Wes Anderson é conhecido pelo sentido de humor fantástico que espelha nos seus filmes. Na minha opinião, as suas clássicas piadas sarcásticas funcionam ainda melhor neste filme de animação. 

 

Nutmeg: Will you help him, the little pilot?

Chief: Why should I?

Nutmeg: Because he's a twelve year old boy, dogs love those.

 

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2. A Crítica Social disfarçada de filme para crianças

 

A classificação para maiores de 12 anos não é por acaso. Este é um filme de animação, mas não é um filme para crianças. Passando-se numa fictícia cidade japonesa, Ilha dos Cães mostra-nos corrupção, ditadura e manipulação à la 1984 na figura de poder central: o Mayor Kobayashi. 

 

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Cuidado, Big brother is watching you!

 

3. (Mais uma vez) os detalhes contam

 

O que diferencia, muitas vezes, um filme medíocre de um bom filme é a atenção dada aos detalhes. As personagens japonesas de Ilha dos Cães falam japonês, os próprios créditos do filme aparecem nas duas línguas (Inglês e Japonês). O cuidado que houve em respeitar a cultura japonesa é visível e não existem disparates hollywoodescos absurdos (estilo personagens com casacos de cabedal da Zara em plena Idade Média, cof cof).

 

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4. O cão é mesmo o melhor amigo do Homem

 

A mensagem de lealdade e honra (valores importantíssimos na cultura japonesa) está presente em todo o filme. Os cães não só são o melhor amigo do Homem, como são melhores que ele. Desprovidos da ganância humana, só querem ter alguém com quem brincar, a quem prestar socorro, ou simplesmente servir e amar o dono para o resto da vida.

 

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5. Um bocadinho de originalidade no cinema mainstream: sim, por favor!

 

Este é um daqueles casos (pelo menos aconteceu comigo vá) em que o melhor filme em exibição está na sala mais pequena. A contar comigo e com o meu namorado estavam umas 15 pessoas a ver o filme. Em comparação com os restantes em cartaz julgo que este é o mais original. E um bocadinho de originalidade no meio de tanto filme igual (com armas, vinganças e humor parvo) é sempre bem-vinda!

 

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Já viram Ilha dos Cães

Dom | 29.04.18

Hopeless Wanderer | Livraria Lello, Porto

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Eu já tinha prometido que ia actualizar-vos com as fotos do Porto há uns três meses e, por isso hoje volto com o primeiro sítio que visitei na Invicta em Fevereiro do ano passado: a magnífica Livraria Lello. 

 

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A Lello é linda, por dentro e por fora. Não consegui tirar uma fotografia decente à escadaria, por isso têm de se contentar com estas. O bilhete custa 4€ e é dedutível na compra de um livro. Não cheguei a comprar nenhum, porque os preços não eram lá muito amigos. No entanto, foi aqui que descobri este de capa negra sobre o teatro Bolshoi. É uma das coisas que mais gosto em livrarias: descobrir livros de que nunca antes tínhamos ouvido falar

 

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A visita vale muito a pena para qualquer apreciador de livros (e/ou de arquitectura bonita). Ao rever estas fotos fiquei com vontade de lá voltar *suspiro*

 

Já visitaram a Lello? Qual é a vossa livraria portugues preferida? :)

Seg | 23.04.18

E vocês, já leram hoje?

No Dia Mundial do Livro, mais do que promoções e compras, desejo-vos leituras.

 

Leiam de manhã, leiam à noite, leiam debaixo dos lençóis, leiam em plena luz do dia

Leiam histórias tristes, de amor, de horror e de rir à gargalhada

Leiam na natureza, leiam à chuva, leiam enquanto a massa coze e enquanto o autocarro não passa

Leiam nos transportes, leiam na piscina, leiam baixinho e em voz alta

Leiam sozinhos, ou acompanhados

Leiam a alguém uma história para adormecer

Leiam quando estão felizes e quando a vida não presta

E se a dúvida surgir, haverá sempre um livro para ler.

 

Já leram hoje?

 

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Sex | 20.04.18

Não acontece só aos outros

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No ido ano de 2012 popularizou-se a expressão YOLO. Este Só se vive uma vez parecia justificar qualquer comportamento: bebe até colapsares YOLO! Come o bolo todo até vomitares YOLO! e por aí em diante.

 

É claro que isto de "aproveitar a vida" não é uma ideia nova, é mais uma pressão que os jovens sentem desde muito cedo. No entanto, não deixa de ser verdade: é importante não adiar sonhos e objectivos, porque o amanhã pode, realmente, não existir.

 

Deu-me para falar sobre isto, porque um familiar meu teve um acidente. Na altura a primeira coisa que pensei foi: e se este fosse o último dia? Não estou a tentar ser dramática, foi mesmo isso que senti. Está tudo bem, está sempre tudo bem enquanto acontecer aos outros, mas quando acontece connosco ficamos sem chão

 

Felizmente não foi nada de grave, foi mais um daqueles milagres de 1 em não sei quantos milhares, mas marcou-me. Desde então que tento fazer um esforço contínuo para não adiar nada. Não adiar abraços, não adiar pedidos de desculpa, não adiar piqueniques no jardim, ou idas à praia, porque se só vivemos mesmo uma vez, não quero adiar viver.

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