Quem me conhece sabe que uma das minhas formas de procrastinação preferidas é ficar a ver discursos motivacionais no youtube como se não houvesse amanhã. Como tal, não é de espantar que eu adore ouvir os discursos dos óscares. Para mim, é sempre o ponto alto da cerimónia. Partilho connvosco três dos meus preferidos do último domingo.
Any little girl who's practicing their speech on the telly, you never know!
Lucy Boynton, you're the heart of this film, you are beyond immensely talented and you have captured my heart.
There's a discipline for passion.
Quais foram os vossos momentos preferidos da cerimónia?
Com o segundo mês do ano a chegar ao fim, decidi partilhar algumas pequenas mudanças que tenho implementado nos últimos tempos (e que me têm feito muito bem). 🍵
No mês de Março celebramos o dia internacional da mulher. Como tal, o desafio do #readtheyear para o próximo mês é: ler um livro sobre uma mulher de que nunca tenhas ouvido falar. A minha escolha será Educated (Uma Educação) de Tara Westover.
Tara Westover cresceu a preparar-se para o Fim dos Tempos, para ver o Sol escurecer e a Lua pingar, como que de sangue. Passava o verão a conservar pêssegos e o inverno a cuidar da rotatividade das provisões de emergência da família, na esperança de que, quando o mundo dos homens falhasse, a sua família continuasse a viver. Não tinha certidão de nascimento e nunca pusera um pé na escola. Não tinha boletim médico, porque o pai não acreditava em médicos nem em hospitais. Não havia quaisquer registos da sua existência.
Uma Educaçãoé a história apaixonante de uma mulher que se reinventa. Mas é também uma história pungente de laços de família e de dor quando esses laços são cortados. Com o engenho dos grandes escritores, Tara Westover dá forma, a partir da sua experiência singular, a uma narrativa que vai ao cerne do que é a educação e do que ela nos pode oferecer: a perspectiva de ver a vida com outros olhos e a vontade de mudarmos.
Este livro tem sido muito falado nos últimos meses e, pelas reviews que tenho lido (1, 2, 3) parece-me que será uma óptima leitura. Se estão curiosos em saber mais sobre este desafio podem consultar a lista completa aqui.
Se também aderirem ao desafio utilizem a tag #readtheyear para eu ver os vossos posts.
O amor-próprio deve ter sempre lugar e isso é algo em que tenho tentado trabalhar nos últimos meses. Neste processo de ter mais auto-estima e confiança deparei-me com o facto de que, à semelhança de muita gente, costumava justificar constantemente os meus comportamentos para pessoas que nem mereciam a minha atenção. Estou a tentar deixar esse hábito e parar de pedir desculpa por ser como sou. Assim, este post serve como um lembrete para nunca me esquecer que deixei de pedir desculpa por...
ser vegetariana
olhar para os ingredientes das embalagens com minúcia
gostar de manhãs
deitar-me cedo
gostar de ficar sozinha de vez em quando
ver filmes antigos românticos
comentar erros em legendas da tv
e ser uma nazi da gramática no geral
entusiasmar-me muito com pessoas de quem gosto
mas não ter paciência para pessoas que não me dizem nada
não beber álcool
e não precisar de álcool para dançar
gostar de praia no inverno
e evitá-la no verão
viver os livros com uma intensidade desmesurada
e querer falar deles como se não houvesse amanhã
ficar deprimida sem razão aparente
precisar de correr e sentir o vento na cara de vez em quando
ser muito próxima à minha família
gostar de contar histórias de infância com grande detalhe
ficar ofendida quando colocam em causa a minha competência
You pierce my soul. I am half agony, half hope...I have loved none but you.”
#ReadtheYear Fevereiro: Uma história de amor obsessivo.
O livro escolhido para o mês de fevereiro do projecto #ReadtheYear foi o Persuasão da Jane Austen. O mote era ler uma história de amor obsessivo. Eu fiz batota e li uma história de amor, que, não sendo obsessivo é mais de amor não correspondido.
No último romance de Jane Austen acompanhamos a vida de Anne Elliot uma jovem de 27 anos que nos lembra um pouco a Cinderela. A sua irmã Elizabeth e o seu pai ignoram por completo a principal razão para a sua infelicidade e usam e abusam da pobre Anne para desabafarem sobre os seus dramas supérfluos.
A infelicidade de Anne provém de um acontecimento passado oito anos antes, altura em que esteve prometida ao capitão Frederick Wentworth, mas o noivado foi rompido abruptamente por parte dela. O enredo da história gira, assim, à volta do arrependimento de Anne em relação a este amor perdido.
Não sendo a obra mais famosa da autora, Persuasão tem todos os ingredientes que mais aprecio em Jane Austen: romance, ironia e crítica social. É uma leitura lenta ao início, mas que acaba por nos prender e ficamos curiosos por saber como vai terminar.
Jane Austen consegue proporcionar-nos momentos de leitura muito divertidos ao mostrar o ridículo que são as distinções de classe da altura, demonstrando, em simultâneo, os julgamentos a que as mulheres estavam sujeitas à época.
Gostei muito desta leitura e recomendo a quem é fã da autora. Em breve irei anunciar o livro que escolhi para o desafio do mês de Março, por isso fiquem atentos! Para acompanharem as minhas leituras sigam-me pelo Goodreads.
Se também aderirem ao desafio utilizem a tag #readtheyear para eu ver os vossos posts.