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Sweet Stuff

livros, música e desabafos vários.

Qui | 28.03.19

#READ THE YEAR | O LIVRO PARA ABRIL

Para o mês de Abril o tema do desafio #readtheyear é ler um livro que ajude a explorar a tua criatividade. A minha escolha será Bird by Bird de Anne Lammott. 

 

 

Este livro, como o subtítulo indica pretende ser um guia para a arte da escrita servindo de inspiração a quem quer começar a escrever, ou a quem já escreve, mas precisa de um empurrãozinho. Esta obra é constantemente referida nas listas de melhores livros sobre escrita, por isso decidi dar-lhe uma oportunidade. Além disso, o ano passado li a review da Beatriz, que me deixou ainda mais curiosa.

 

O tema da criatividade é bastante abrangente, mas se procuram sugestões aconselho-vos visitarem o Goodreads. Se estão curiosos em saber mais sobre este desafio podem consultar a lista completa aqui

 

Se também aderirem ao desafio utilizem a tag #readtheyear para eu ver os vossos posts.

Boas leituras! 📚

Qui | 21.03.19

O PERIGOSO MITO DA PERFEIÇÃO

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Não é preciso ser um entendido na matéria para perceber que ser um atleta de competição exige extrema força e dedicação. Mesmo quem não acompanhe os jogos olímpicos calcula os treinos que estarão por detrás daquela prova final. Quantas lágrimas de frustração, quantas gotas de suor, quantos "repete" e "outra vez"

 

Eu não sou atleta de competição (nem nunca sonhei ser), mas pratico ballet como hobby e gosto de acompanhar algumas competições internacionais de dança. É, pelo menos para mim, encorajador ver profissionais a fazer aquilo que sabem fazer melhor. Inspira-me a continuar a praticar, ainda que o ballet não seja a minha carreira.

 

No entanto, estou ciente que na carreira de qualquer atleta, (ou artista no caso do ballet) a pressão para ser perfeito é enorme. Ainda assim, é no feminino que esta noção de perfeição é mais evidente. O que se exige às raparigas em nome do mito da perfeição não é aceitável, é pura e simplesmente desumano. Porém, continuamos a aceitá-lo e a tapar os olhos.

Anorexia is a 21st-century illness and it's fairly common. Unfortunately, not everyone can cope with it.

 

Vou dar-vos alguns exemplos. Em 2014, uma menina chamada Yulia Lipnitskaya representou a Rússia nos Jogos Olímpicos de Inverno. Ao som do violino da Lista de Schindler, esta jovem de 15 anos conseguiu hipnotizar o público e o júri. É impossível ficar indiferente à sua performance, mesmo quem não ligue patavina a patinagem artística consegue perceber que o que ela fez é incrível e extremamente comovente. A performance termina, a plateia está ao rubro, o júri dá a pontuação, Putin um abraço e a medalha é ganha. Onde está Yulia agora?

 

Em 2017, a jovem patinadora reformou-se confessando que sofria, já há vários anos, de anorexia. É uma velha história que já conhecemos, mas que não deixa de se repetir. E os treinadores que a deixaram competir lesionada, perturbada e a sofrer em silêncio, onde estão? Não me espanta que a Yulia não tenha saudades do ringue.

 

O caso de Yulia não é único. Em 2018 a ginasta americana Katelyn Ohashi partilhou publicamente as razões que a fizeram retirar-se dos circuitos de competição de elite em 2015. A jovem, que chegou a derrotar Simone Bailes, não só estava gravemente lesionada nas costas, como sofria de um distúrbio alimentar. O mundo da ginástica disse-lhe que ela era demasiado gorda para competir. Felizmente, Katelyn parece ter recuperado a sua paixão pelo desporto e compete agora a nível universitário. 

And another side of ballet is always being so skinny. That was really mentally hard for me to sustain healthfully.

 

A negligência face à saúde física e mental das atletas femininas é algo que não deixa de me indignar. O ano passado a bailarina Miko Fogarty anunciou que ia trocar a dança pela medicina. As razões? Não só sentia uma pressão incrível para ser magra e ter um determinado tipo de corpo, como a paixão pela dança se tinha diluído pelo caminho. Tendo começado a dançar a tempo inteiro desde muito nova, mesmo antes de se juntar a uma companhia, a decisão de Miko não me espanta. 

 

O perigoso mito da perfeição está por detrás destas e outras histórias. As três que mencionei acabaram bem. Mas, para muitas meninas, o conto não tem um final feliz. 

Ter | 19.03.19

A MÁGICA DA ARRUMAÇÃO | MARIE KONDO

Vim com expectativas baixas para este livro, porque achei que ia ser uma reciclagem de coisas que todos nós já sabemos sobre arrumação. No entanto, estava errada. A Mágica da Arrumação surpreendeu-me pela positiva, por isso hoje partilho cinco lições que aprendi com Marie Kondo.

 

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1) As roupas para "usar em casa" não têm de nos deixar deprimidos.

Um dos pontos em que estou de acordo com Marie Kondo é este: para quê usar roupa feia em casa? Sei bem o que é chegar a casa e pôr-se confortável, mas isso não significa que tenhamos de acumular trinta t-shirts diferentes que achamos horrorosas e vestimos em casa "só porque sim". 

 

2) Se não tens coragem para deitar fora não ofereças à tua mãe/irmã/etc.

Esta custou-me ouvir (ou melhor ler), mas a verdade é que sempre que organizava o meu armário fazia isto. Já não gostava de uma peça de roupa, mas não tinha coragem de deitar fora/dar para caridade, por isso dava à minha irmã. A isto chama-se empurrar a sujeira para debaixo do tapete. 

 

3) Nunca vais usar esses botões suplentes.

Obrigada! Finalmente, alguém que me compreende. Sempre achei ridícula a ideia de guardar botões suplentes, porque, pelo menos em minha casa, nas raras ocasiões em que precisava de substituir um botão já nem me lembrava onde tinha guardado o botão extra. 

 

4) Não és má mãe por deitares os desenhos dos teus filhos fora.

Este é um assunto muito delicado, mas acredito que guardar todas as tralhas que alguma vez fizemos na escola é mais uma daquelas pressões ridículas que colocamos em cima das nossas mães. Se se sentem bem em ter desenhos que os vossos filhos fizeram na creche organizados em casa, óptimo. Se já não aguentam mais vê-los à frente, não são piores mães por isso. 

 

5) As malas servem para transportar coisas, não para acumular.

Outro assunto controverso. Quando chegam a casa tiram tudo da vossa mala? Claro que não! - digo eu indignada. Pois é, mas as malas foram feitas para transportar as nossas coisas, não para acumular um mundo lá dentro. O hábito de chegar a casa e desfazer a nossa mala evita que acumulemos papelada e outros objectos inúteis. Acreditem, já o fiz e resulta!

 

Em conclusão, posso dizer que este é um pequeno livrinho útil para quem quer experimentar um novo método de arrumação. É simples, intuitivo e sem papas na línguas. Se concordo com absolutamente tudo? Não, mas já comecei a arrumar a minha casa e a notar a diferença.

 

Já leram o livro, ou viram a série? O que acham do método de arrumação de Marie Kondo?

Sex | 15.03.19

OS LIVROS SÃO A MINHA 'FURRY WALL'

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Quando eu digo que gosto de livros, a maioria das pessoas subestima-me. 

 

Eu não gosto só de ler, gosto de livros, os objectos em si. Só entrar num sítio com livros deixa-me feliz. Quando estou stressada, por vezes basta olhar para a minha estante e tocar nas lombadas dos livros para me acalmar. E sim, eu julgo as pessoas pelos livros que têm em casa. Se não vir nenhum fico triste.

 

Se algum dia, alguém se lembrar de vasculhar o meu histórico vai encontrar muuuuuuuitas listas com recomendações de livros. Livros escritos por mulheres. Livros em francês. Clássicos a ler antes de morrer. Livros infantis. Livros em pré-lançamento. 

 

Eu vejo vídeos sobre livros, eu pesquiso livros gratuitos online, eu vejo o que os meus amigos andam a ler no Goodreads, eu leio opiniões sobre livros e fico feliz quando mencionam um que já li e de que gostei. A minha forma de procrastinação preferida consiste em adicionar livros à minha wishlist do Book Depository como se o mundo fosse acabar amanhã. 

 

Ainda assim, há dias em que me esqueço do poder dos livros. Do efeito que têm em mim. 

 

Há um filme de comédia que me marcou muito (apesar de ser bastante estúpido) que se chama É Muito Rock, Meu. Para quem não conhece, há uma parte do filme em que a personagem de Jonah Hill entra em pânico e Russell Brand diz-lhe para ele afagar a parede de pêlo que se encontra ao seu lado. A dita parede tem realmente o poder de o acalmar e, de repente, tudo parece mais simples.

 

Ultimamente, tenho andado mais nervosa do que o habitual e começo a ter crises de insegurança por coisas de nada. Nestas fases chatas, os livros costumam ser sempre os meus melhores amigos. Por isso, depois de ler um livro sobre estudantes universitários assassinos e a história de vida de uma rapariga que sofreu abusos terríveis durante a infância (que, convenhamos, são dois temas bastante pesados) decidi reler o Harry Potter.

 

E bem, fiquei espantada com o quão feliz aquela história me deixa. Dei por mim a rir em voz alta no autocarro e a ler capítulo atrás de capítulo sem pensar em mais nada. Incrível como me tinha esquecido de que, por vezes, tudo o que precisamos é do livro certo para nos fazer ver que as coisas não são tão más como parecem.

 

Por muito cliché que seja reconhecê-lo, a verdade é que os livros fazem mesmo com que a vida seja melhor, mais fácil, mais feliz, mais risonha. Os livros são, sem dúvida alguma, a minha furry wall

Ter | 05.03.19

TBR PARA MARÇO | #MARÇO FEMININO

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Os planos entretanto podem alterar, mas como estou muito entusiasmada por participar no #marçofeminino - projecto organizado pela Sandra - este ano, partilho connvosco os livros que tenciono ler este mês (todos escritos por mulheres). 

 

Educated, Tara Westover

O livro para o projecto #readtheyear deste mês. Já comecei e estou a gostar muito. Foi o primeiro (e até agora único) livro que comprei este ano, por isso as expectativas são altas!

 

A Mágica da Arrumação, Marie Kondo

Vou ler na tradução pt-br que encontrei online (cá o livro chama-se Arrume a Sua Casa, Arrume  Sua Vida). Estou curiosa para perceber se é um método que possa aplicar à minha casa.

 

A História do Amor, Nicole Krauss

Vou trazer este da biblioteca comigo. Já tinha alguma curiosidade em ler, mas fiquei com mais vontade depois da review da Rita. Entretanto já vi o filme e quero ver como se compara.

 

Anne of Green Gables, L. M. Montgomery

Quem me conhece sabe que gosto muito de clássicos infantis. Depois da review da Inês quero aventurar-me na história da Ana dos Cabelos Ruivos. Aproveito e incluo este no projecto #umadúziadelivros da Rita que, para Março, sugere a leitura de um clássico.

 

Boas leituras! 📚

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