Fui ver um filme no El Corte Inglés e jurei nunca mais lá voltar. Como não costumo frequentar este shopping não sabia o que esperar do cinema deles, mas de certo não estava preparada para esta experiência medonha. Eis o que aconteceu:
Antes de ir ao cinema
Pesquiso o filme que quero ver e reparo que já só está em exibição no El Corte Inglés e no Amoreiras.
Não conseguindo ir à sessão do Amoreiras planeio ir à do El Corte Inglés num dia de semana, à hora de almoço.
Chegada ao shopping
Cheguei 45 minutos antes do início da sessão e a bilheteira não se encontrava aberta, nem o filme que queria ver aparecia em exibição no ecrã, ou nos folhetos expostos.
Dirigi-me então a um dos funcionários para saber o que se passava. Este garantiu-me que haveria uma sessão àquela hora. Ok. Pergunto por que é que ainda não posso adquirir bilhete e responde-me que a bilheteira só irá abrir dali a uns 15 minutos. Chato, mas ok, consigo esperar.
Entretanto começam a chegar mais pessoas e logo, logo se forma uma fila interminável para adquirir os bilhetes.
A bilheteira abre apenas 10 minutos antes do início da sessão.
Assim que chega a minha vez a funcionária explica-me que os lugares não são marcados. LUGARES NÃO MARCADOS? Só podem estar a brincar comigo. Fazem uma pessoa esperar aquele tempo todo e, ainda por cima, não consegue escolher o lugar em que quer ficar? A minha impaciência começa a aumentar.
É-me indicada a sala, entro e após dez minutos de publicidade começa o filme.
Durante (e depois do) filme
A três quartos do filme (que durou mais de duas horas) apercebo-me de que não haverá intervalo. Não me avisaram, mas tudo bem podem se ter esquecido e posso ser eu que já quero embirrar com tudo.
Assim que o filme acaba aguardo para que acendam as luzes e possa sair.
E aguardo mais um bocadinho.
E entretanto olho para trás e apercebo-me que estamos todos à espera que as luzes da sala sejam acesas para podermos ir embora.
Nada.
Vamos então levantando-nos todos, às escuras, utilizando a luz do telemóvel para não tropeçarmos e conseguirmos sair sem partir nada.
Conclusão
A última vez que tinha ido ao El Corte Inglés, antes desta experiência, foi para ver um Harry Potter, ou seja há imeeeeenso tempo e não me lembro de, na altura, ter tido uma má experiência.
Porém, desta vez, não consegui gostar do serviço. Desde o atendimento, aos lugares não marcados, culminando na extrema falta de organização (que levou a que não acendessem a luz no final do filme).
E vocês, já tiveram experiências desagradáveis no cinema?
“You have to love dancing to stick to it. It gives you nothing back, no manuscripts to store away, no paintings to show on walls and maybe hang in museums, no poems to be printed and sold, nothing but that single fleeting moment when you feel alive.”
― Merce Cunningham
Danceré um documentário de 2017 realizado por Steven Cantor que conta a história do bailarino ucraniano Sergei Polunin. Tendo sido promovido para bailarino principal da Royal Ballet aos 19 anos (tornando-se o mais jovem bailarino principal na história da companhia), Polunin chocou o mundo da dança quando declarou que ia abandonar a Royal Ballet em 2012.
Desde então começaram a surgir perguntas: por que é que um bailarino prodígio como Polunin se afasta no pico da sua carreira? Será que quer recuperar a infância que não teve? Estará envolvido em escândalos de drogas? O que é que aconteceu?
Neste documentário, Cantor convida-nos a descobrir quem é este bailarino, levando-nos numa viagem à sua infância na Ucrânia, passando pela Rússia e Inglaterra e culminando no making-off do vídeo que o tornou conhecido em todo o mundo em que Polunin dança ao som de Hozier aquela que ele planeava ser a sua última performance de sempre.
Dancer é um documentário incrível que me fez ficar à beira das lágrimas. Cantor consegue mostrar-nos através da história de vida de Polunin como aquilo que amamos é, muitas vezes, aquilo que também nos destrói.
A história de Polunin é, assim, a de um jovem que procura desesperadamente esse equilíbrio entre o perfeccionismo e a loucura. Aquilo que o faz sofrer, também é aquilo que o faz sentir vivo. Como espectadores ficamos até ao fim do documentário a testemunhar esta relação conturbada do artista com a sua arte, vendo como um bailarino se desencanta e volta a apaixonar-se pela dança uma e outra e outra vez.
Ontem assisti ao concerto mais bonito da minha vida. Após o início, por breves segundos, esqueci-me de que estava ali, voltei a ver-me em casa a ouvir um velho CD, um favorito de há muito.
O Manel cantou que vai estar sempre aqui, nada vai mudare o público acreditou, porque naquele momento, 20 anos depois do Monstro e 7 anos depois do Paredes de Coura, foi como se o tempo não tivesse realmente passado.
Conhecendo-me como me conheço sei que, muito provavelmente, não vou ler todos estes, pois vai-me apetecer pegar noutra coisa.
Ainda assim, é bom ter uma lista para me guiar. Afinal de contas, escolher livros para levar na mala das férias é uma chatice e toda a ajuda é bem-vinda. Assim sendo, estes são os cinco livros que quero ler no Verão:
Atonement, Ian McEwan
Um livro que tenho desde o ano passado na estante e estou muito curiosa para ler.
Anne of Green Gables, L.M. Montgomery
A minha missão de ler clássicos infantis continua e este parece ser uma óptima escolha.
Through the Looking Glass, Lewis Carroll
Todos os anos releio os livros da Alice. Este ano já reli o primeiro, mas ainda me falta reler este.
História da Menina Perdida, Elena Ferrante
Para dar como terminada esta tetralogia.
SPQR, Mary Beard
Gostava de ler, pelo menos, um livro de não-ficção e estou com imensa vontade de pegar neste sobre Roma Antiga (que comprei a metade do preço!). É um calhamaço, por isso é provável que não aconteça, mas nunca se sabe.
E vocês, têm planos de leitura para este Verão? Que livros querem ler nas férias? 😊
Este mês o desafio de leitura #readtheyear tem como tema: Viaja para qualquer lugar do mundo (ou para fora dele!) com um livro.
É um tema muito vasto, visto que podemos escolher um livro que se passe em qualquer país do mundo, ou cuja acção se desenrole noutro universo (ficção científica).
Tendo em conta que tenho aproveitado o #readtheyear para 1. ler o que tenho na estante e 2. escolher livros escritos por mulheres, as opções que me saltam mais à vista são: