Hoje é Véspera de Natal, o que significa que o nosso calendário d'advento chegou ao fim. O meu muito obrigada a todos os que me acompanharam ao longo destes 24 dias de posts. Se me quiserem oferecer uma prendinha de Natal podem sempre subscrever o scribd com este link. É uma forma de apoiarem o blog (e esta leitora que vos escreve).
Resta-me desejar-vos um...
Feliz Natal repleto de amor, muitos doces e alegria!
Escrevo isto entre fornadas de biscoitos de gengibre. Um doce que, até há pouco tempo, não me dizia nada, mas que agora já se tornou uma tradição de Natal. Assim como oferecer prendas de mim para mim, ou cozinhar uma ementa de consoada totalmente vegana (aprovada até pelos omnívoros mais críticos, diga-se). A verdade é que vejo alegria nas novas tradições. Para mim, o Natal também é isso. É fácil achar que a vida está sempre igual, mas é no Natal, mais do que em qualquer outra altura, que me apercebo quanto pode mudar (e muda) num ano. O Natal é tradição, sim, mas é também adaptarmo-nos face à mudança. É continuar tradições que nos trazem alegria e reinventar, ou descartar as que já não fazem sentido. Os biscoitos já devem estar a queimar, por isso tenho de ir, mas antes proponho um brinde à alegria de novas (e boas) tradições. Thcim-thcim!
Hoje trago algumas recomendações de livros para ler debaixo da árvore de Natal, assim como uma lista de alguns títulos que quero devorar nos próximos dias :)
Hoje é o primeiro dia do Inverno. Um dia agridoce para mim. Se, por um lado, adoro a contagem decrescente até ao Natal e a ideia de que os dias vão começar a aumentar, assim que Janeiro começa vou-me abaixo. É verdade que, em Portugal, somos privilegiados por não termos um Inverno tão rigoroso como noutras regiões do globo, mas, ainda assim, isso não significa que a depressão sazonal não exista. A SAD (seasonal affective disorder) é um tipo de depressão que surge com as mudanças de estação. É mais comum no Inverno, mas também pode acontecer na Primavera e Verão. Já há uns anos que tenho um kit de saúde mental preparado para esta altura do ano e tem-me dado imenso jeito. É claro que, quando tal não é suficiente, o melhor será procurar ajuda profissional. Por aqui, vou sonhando com o Natal, ocupando-me com muito s(h)elf-care e bebidas quentes. 😊
No filme de 1965 Feliz Natal, Charlie Brown,há uma cena icónica em que Linus explica a um desanimado Charlie Brown a história do Natal Cristão, de Jesus e dos pastorinhos. Para Linus, como para muitos, esse é o verdadeiro significado do Natal. No entanto, não é novidade para ninguém que, hoje em dia, muitas pessoas, sem quaisquer afiliações religiosas, festejam este dia. Podem não ir à Igreja, mas montam uma árvore, reúnem a família, comem filhoses, ou contam histórias à lareira. Há quem diga que isto é hipócrita, que é o chamado 'Natal comercial.' De facto, é inegável que existe um aspecto capitalista associado a esta celebração. Porém, serão todos os ateus e não crentes hipócritas por quererem festejar esta data? Afinal de contas, na Europa pré-cristã, o solstício de Inverno era a mais antiga festa sazonal. Foi graças à importância que foi ganhando, que, mais tarde, acabou por ser sincronizada com as festividades do Natal cristão. Sendo que, hoje em dia, o Natal é uma festa celebrada tanto por cristãos, como por agnósticos e ateus, um pouco por todo o mundo. Para mim, o Natal é o que tem sempre sido: uma época de reflexão, melancolia, família, partilha, e amor; principalmente amor.