Stronger Than Me
Já tinha falado um pouco da Amy Winehouse noutro post, mas na verdade é alguém de quem me custa um pouco falar. Eu não sou do género de pessoa que diz"olha aquela gaja drogada que canta a Rehab morreu sabias?". E passados cinco minutos está tudo bem. Sim, todos sabemos que ela tinha um problema com drogas e sim ela ficou conhecida worldwide por causa da Rehab, mas por favor! ela era tão mais do que isso! Lembro-me perfeitamente do dia 23 de Julho, estava calor, um dia espectacular de sol. Ouvi o som de um sms, peguei no telemóvel e li, só podiam estar a brincar comigo, não tentei aceitar, não tentei aceitar aquilo porque recusava-me a acreditar que estivesse realmente a acontecer, não, não podia estar a acontecer.
Mas a verdadae é que foi a primeira notícia que vi no "Jornal da Uma", mostraram as imagens, o famoso antes e depois, as flores, as lágrimas... Ela estava morta, pensei para mim mesma, ela morreu. Se doeu? Doeu, doeu muito. Ok, todos nós sabíamos que se ela continuasse como estava algum dia teria de acontecer, eu sei, não foi algo de surpreendente mas não deixou de ser chocante, pelo simples facto de ter acontecido, assim, dum momento para o outro, sem aviso prévio, morrendo também a esperança que eu tinha de que nem sequer chegasse a acontecer. E por isso doeu, doeu muito. Não foi o pensar que aquele corpo tinha partido, aquele cabelo de colmeia, aquele eyeliner bem delineado, aquelas pernas de alicate que em tempos tiveram "carne", não foi pensar nisso que doeu. Doeu, pensar que a voz dela tinha-se calado, tinha-se calado para sempre.
Vou ter sempre saudades da Amy, a nossa Amy, e acho que é assim que a irei recordar, não a recordarei como a rapariga que piorava a cada instante e que todos sabiam que era toxicodependente, irei-me lembrar dela como a rapariga linda, sorridente e com um dom muito especial que em tempos conhecemos.
PS: E agora que tás aí em cima já podes cantar com o Frank todos os duetos que quiseres...
R.I.P, darling, R.I.P