AUDIOLIVROS: A MINHA EXPERIÊNCIA
Quem me vai acompanhando aqui pelo blog sabe que 2019 foi o ano em que mais li. Acho que tal aconteceu, em parte, por me ter inscrito no scribd e ter começado a ler alguns e-books aqui e ali.
É claro que continuo a preferir o peso, o cheiro e a experiência de ler em papel, mas, para livros pequenos, os e-books já não me fazem tanta comichão como dantes. Os audiolivros são outra história.
Tentei ler o meu primeiro audiolivro algures em 2015. Lembro-me que foi o Brave New World e que o encontrei completo no youtube. Passado cinco minutos (sem exagero) já não sabia o que se tinha passado na história e dei por mim com sono. Deixei de lado.
Os anos foram passando e as pessoas iam-me contando as maravilhas de "ler" neste formato. Não me convenciam.
Foi só em 2019, quando me deparei com a variedade de oferta de audiolivros do scribd que decidi voltar a tentar. Comecei um livro de não-ficção chamado Anxiety as an Ally, lido pelo próprio autor. Arrastei-o durante uma semana e depois desisti.
Sentindo-me um pouco derrotada, mas ainda com fé, decidi tentar outro título. Desta vez um romance intitulado My Name is Lucy Barton. A princípio estava a gostar, mas depois perdia-me, não conseguia ouvir no autocarro por causa do barulho e acabei por desistir novamente.
2020 chegou e eu jurei a mim mesma que não me metia mais a tentar audiolivros, porque DECIDIDAMENTE eles não eram para mim. Pois é, como diz a Maria, trinquei a língua.
Encontrei um livro que já queria ler há algum tempo em áudio e experimentei. Não consegui parar de ouvir. Dei por mim a rir em voz alta, a voltar atrás para ouvir novamente certas frases e acabei-o num instante.O bicinho pegou e tentei mais outro que não me cativou. Escolhi outro título há pouco tempo e estou a adorar.
O que aprendi com a minha experiência dos audiobooks? Às vezes não é amor à primeira vista, mas à terceira, quarta, ou quinta.
Também já sei que prefiro ouvir não-ficção a ficção, prefiro ouvir mulheres a narrar do que homens, tenho alguma dificuldade com certos sotaques e nem todos os livros vão ser para mim (como é óbvio).
Quando fiz as pazes com isto (e com o facto de não conseguir ouvir nada no autocarro), descobri que, afinal, isto dos audiolivros até tem uma certa piada.
E vocês, gostam de audiobooks, ou nem por isso?