DAS LIVRARIAS
esses lugares sagrados
Paul Newman & Joanne Woodward fotografados por Gordon Parks, 1959
À semelhança das bibliotecas (um dos poucos locais públicos em que ainda podemos existir gratuitamente), as livrarias são, para mim, lugares sagrados. Há uns dias, enquanto deambulava por uma, lembrei-me desta frase e fiquei a pensar no quão verdadeira é.
Se uma livraria é um santuário, um livreiro não é um lojista, mas antes uma espécie de guia místico. Alguém que está ali para te mostrar algo além daquilo que estavas inicialmente à procura. Outro livro, outro autor, um clássico esquecido, uma novidade de uma pequena editora.
Também gosto de ouvir as histórias dos livreiros. Eles têm histórias maravilhosas. Contam-me sobre como aprenderam a ler, como lhe ganharam o gosto, os trabalhos que tiveram antes de irem para ali, o que liam na escola, os sítios em que moraram, as suas livrarias preferidas quando vão em viagem, os livros que os fazem chorar, não importa quantas vezes os leiam.
Se já passou algum tempo desde que foram a uma livraria, aconselho a não procrastinarem mais essa visita. Para mim, continuam a ser lugares sagrados de descanso para a mente e aconchego para a alma.