Quando nos sentimos a tartaruga no meio das lebres
Toda a gente sabe quem ganha a corrida certo? Então para quê andarmos a compararmo-nos aos outros?
Qualquer pessoa que pratique uma actividade física (por gosto, para ser mais saúdavel, para perder peso, independentemente do motivo) sabe que isto de colocar um corpo a mexer é um caminho feito de altos e baixos. Quando comecei a praticar ballet no final de 2016 sabia que não ia ser fácil, mas estava motivada para aprender e para melhorar.
Eu adoro ballet, adoro dançar, mas nos últimos tempos tenho lutado para não me sentir a tartaruga no meio das lebres. Apesar de, saber que o progresso é lento e que os resultados custam a chegar, principalmente numa actividade que exige tanto de nós como este tipo de dança, por vezes sinto que estagnei, como se todos corressem velozmente e eu andasse a passo de caracol.
Serve este post, não só para desabafar, mas também para lembrar quem, eventualmente, estiver numa situação semelhante que o pior erro que podem cometer é comparar-se aos outros. Todos nós ouvimos isto, mas por vezes caimos no cliché, ficamos a olhar para pessoas que treinam há 500 anos e a pensar "quem me dera" como se o sucesso fosse algo assim, instantâneo, desejamos e cai-nos do céu.
Decidi que não vou mais ficar desmotivada por este ser um caminho difícil. Há dias em que vou à aula e sinto-me a Svetlana Zakharova do sítio e há outros em que parece que nem um plié sei fazer. Faz parte. É certo que estou muito longe de ser uma prima-bailarina, mas isso não me impede de continuar a dançar e de treinar regularmente. Afinal de contas é a quem pratica que os resultados chegam e no fim da história quem ganhou a corrida foi mesmo a tartaruga.